Cumprindo a Lei

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir. (Mateus 5:17).

Falando da lei, Jesus disse: ”Não vim para revogar, vim para cumprir.” Mat. 5:17. Ele emprega aqui a palavra ”cumprir” no mesmo sentido em que a usou quando declarou a João Batista Seu desígnio de ”cumprir toda a justiça” (Mat. 3:15); isto é, atender plenamente à exigência da lei, dar um exemplo de perfeita conformidade com a vontade de Deus.

Sua missão era engrandecer a lei, e a tornar ilustre (ou gloriosa). (Isa. 42:21, Versão Trinitariana.) Ele devia mostrar a natureza espiritual da lei, apresentar seus princípios de vasto alcance, e tornar clara sua eterna obrigatoriedade. O Maior Discurso de Cristo, 48-49.

Visto a lei do Senhor ser perfeita, e portanto imutável, é impossível aos homens pecadores satisfazer, por si mesmos, a norma de sua exigência. Foi por isso que Jesus veio como nosso Redentor. Era Sua missão, mediante o tornar os homens participantes da natureza divina, pô-los em harmonia com os princípios da lei celestial. Quando abandonamos nossos pecados, e recebemos a Cristo como nosso Salvador, a lei é exaltada. Pergunta o apóstolo Paulo: ”Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.” Rom. 3:31. Idem, 50.

Muitos há que dizem que na morte de Cristo a lei foi revogada, mas nisto contradizem as próprias palavras de Cristo: [Mat. 5:17-18]. Foi para expiar a transgressão da lei pelo homem que Cristo depôs Sua vida. Pudesse a lei ser mudada ou posta de lado, Cristo não precisaria ter morrido. Por Sua vida na Terra, honrou a lei de Deus. Por Sua morte, estabeleceu-a. Deu Sua vida como sacrifício, não para destruir a lei de Deus, não para criar uma norma inferior, mas para que a justiça fosse mantida, para que fosse vista a imutabilidade da lei e permanecesse para sempre.

Satanás declarara que era impossível ao homem obedecer aos mandamentos de Deus; e é verdade que por nossa própria força não lhes podemos obedecer. Cristo, porém, veio na forma humana, e por Sua perfeita obediência provou que a humanidade e a divindade combinadas podem obedecer a todos os preceitos de Deus.

”Mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome.” João 1:12. Este poder não está no instrumento humano. É o poder de Deus. Quando uma alma recebe a Cristo, recebe também o poder de viver a vida de Cristo. Parábolas de Jesus, 314.


Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2019, para o pôr-do-sol de 19 de julho de 2019.

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