Os Representantes de Cristo na Terra
E ele [Saulo] disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. (Atos 9:5).
No relato da conversão de Saulo, encontramos importantes princípios que devemos sempre ter em mente. Saulo foi levado diretamente à presença de Cristo. Foi uma pessoa designada por Cristo para uma importantíssima obra, alguém que devia ser ”um vaso escolhido” (Atos 9:15), para Ele; no entanto o Senhor não lhe disse imediatamente qual a obra para ele designada. Embargou-lhe o caminho e convenceu-o do pecado; e quando Saulo perguntou: ”Que queres que faça?” (Atos 9:6) o Salvador colocou o indagador judeu em contato com Sua igreja, para que obtivesse o conhecimento da vontade de Deus em relação a ele.
A maravilhosa luz que iluminara as trevas de Saulo era obra do Senhor; mas havia também um trabalho a ser feito em favor dele pelos discípulos. Cristo tinha realizado a obra de revelação e convicção; agora o penitente estava em condições de aprender daqueles a quem o Senhor tinha ordenado que ensinassem a Sua verdade. Atos dos Apóstolos, 120-121.
Desta maneira deu Jesus sanção à autoridade de Sua igreja organizada, e pôs Saulo em contato com Seus instrumentos apontados na Terra. Cristo tinha agora uma igreja como Sua representante na Terra, e a ela pertencia a obra de dirigir os pecadores arrependidos no caminho da vida.
Muitos têm a idéia de que são responsáveis somente a Cristo pela luz e experiência que possuem, independente de Seus reconhecidos seguidores na Terra. Ibidem, 121.
Abundantemente havia Deus abençoado os labores de Paulo e Barnabé durante o ano que ficaram com os crentes em Antioquia. Mas nenhum deles havia sido formalmente ordenado para o ministério evangélico. Haviam chegado agora em sua experiência cristã a um ponto em que Deus estava para confiar-lhes a execução de difícil tarefa missionária, na prossecução da qual necessitavam de toda a vantagem que pudesse ser obtida através da igreja. […]
Antes de serem enviados como missionários ao mundo pagão, esses apóstolos foram solenemente consagrados a Deus com jejum e oração e a imposição das mãos [Ver: Atos 13:1-5]. Assim foram eles autorizados pela igreja, não somente para ensinar a verdade, mas para realizar o rito do batismo e organizar igrejas, achando-se investidos de plena autoridade eclesiástica. Ibidem, 160-161.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2018, para o pôr-do-sol de 20 de abril de 2018.