Ataques Ferozes Contra os Defensores da Verdade

Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. I Coríntios 1:26.

               Com todo o prestígio do saber e da eloqüência, Aleandro se pôs a derribar a verdade. Acusação sobre acusação lançou ele contra Lutero, como inimigo da Igreja e do Estado, dos vivos e dos mortos, do clero e dos leigos, dos concílios e dos cristãos em geral. ”Nos erros de Lutero há o suficiente”, declarou ele, para assegurar a queima de ”cem mil hereges.”

               Em conclusão esforçou-se por atirar o desprezo aos adeptos da fé reformada: ”O que são estes luteranos? Uma quadrilha de insolentes pedantes, padres corruptos, devassos monges, advogados ignorantes e nobres degradados, juntamente com o povo comum a que transviaram e perverteram. Quanto lhes é superior o partido católico em número, competência e poder! Um decreto unânime desta ilustre assembléia esclarecerá os simples, advertirá os imprudentes, firmará os versáteis e dará força aos fracos.” – D’Aubigné.

               Com tais armas têm sido, em todos os tempos, atacados os defensores da verdade. Os mesmos argumentos ainda se apresentam contra todos os que ousam mostrar, em oposição a erros estabelecidos, os simples e diretos ensinos da Palavra de Deus. ”Quem são estes pregadores de novas doutrinas?” exclamam os que desejam uma religião popular. ”São indoutos, pouco numerosos, e das classes pobres. Contudo pretendem ter a verdade e ser o povo escolhido de Deus. São ignorantes e estão enganados. Quão superior em número e influência é a nossa igreja! Quantos grandes e ilustres homens existem entre nós! Quanto mais poder há de nosso lado!” Tais são os argumentos que têm influência decisiva sobre o mundo; mas não são mais conclusivos hoje do que o foram nos dias do reformador. Grande Conflito, 148.

03/02/23

Compartilhar