Escravos do Dinheiro

O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos. Tiago 1:8.

”Ninguém pode servir a dois senhores.” Não podemos servir a Deus com coração dividido. A influência da religião bíblica não é uma influência entre outras: tem de ser suprema, penetrando em todas as outras e dominando-as. Não deverá ser uma pincelada dando aqui e ali cor a uma tela, mas encher a vida toda, como se a mesma tela fosse imergida na tinta até que cada fio houvesse tomado profundo e firme colorido. O Desejado de Todas as Nações, 312.

O mais poderoso baluarte do vício em nosso mundo, não é a vida iníqua do abandonado pecador ou do degradado; é a vida que, ao contrário, parece virtuosa, respeitável e nobre, mas na qual é nutrido um pecado; a vida em que há complacência com um vício. Para a alma que está lutando intimamente contra alguma gigantesca tentação, tremendo à beira de um abismo, tal exemplo é um dos mais poderosos estímulos a pecar. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, da verdade e da honra, transgride ainda voluntariamente um preceito da santa lei de Deus, perverteu seus nobres dons, tornando-os um laço para o pecado. O temperamento, o talento, a simpatia, mesmo a generosidade e as boas ações, podem tornar-se um engodo de Satanás para seduzir almas para o precipício da ruína nesta vida e na futura. O Maior Discurso de Cristo, 94-95.

O caso do irmão I é terrível. Este mundo é seu deus; ele adora o dinheiro. […] Enquanto adquiria propriedades, tornou-se mais ávido pelo ganho. Todas as forças de seu ser foram devotadas a um só objetivo: ganhar dinheiro. Essa tem sido a ocupação de seus pensamentos, a ansiedade de sua vida. […] Seu exemplo perante a família é de molde a levá-los a pensar que a propriedade deve ser valorizada mais do que o Céu e a imortalidade. […] Crê na verdade e ama seus princípios; aprecia ver outros avançando na verdade; mas ele mesmo se tornou cabalmente um escravo de Mamom que se sente ligado a seu senhor enquanto viver. Quanto mais viver, porém, tanto mais dedicado se tornará seu amor pelo ganho, a menos que se livre de seu terrível deus, o dinheiro. Isso será como arrancar seus órgãos vitais, mas precisa ser feito se ele valoriza o Céu. Testemunhos para a Igreja, Vol. 2, 237.


Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2020, para o pôr-do-sol de 29 de maio de 2020.

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