Mesquinhos Espias e Juízes Egocêntricos

Não julgueis, para que não sejais julgados. Mateus 7:1.
Não vos julgueis melhores que outros homens, nem vos arvoreis em juízes seus. Uma vez que não vos é dado discernir os motivos, sois incapazes de julgar um ao outro. Ao criticá-lo, estais-vos sentenciando a vós mesmos; pois mostrais ter parte com Satanás, o acusador dos irmãos. O Senhor diz: ”Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos.” II Cor. 13:5. Eis nossa tarefa. O Desejado de Todas as Nações, 314.
O esforço de obter a salvação pelas próprias obras leva inevitavelmente os homens a amontoar exigências como uma barreira contra o pecado. Pois, vendo que falham no observar a lei, imaginam regras e regulamentos eles próprios, para se obrigarem a obedecer. Tudo isto desvia a mente, de Deus para si mesmos. Seu amor extingue-se-lhes no coração, e com ele perece o amor para com seus semelhantes. Um sistema de invenção humana, com suas múltiplas exigências, induz seus adeptos a julgar a todos quantos faltem à prescrita norma humana. A atmosfera de crítica egoísta e estreita, sufoca as nobres e generosas emoções, fazendo com que os homens se tornem egocêntricos juízes e mesquinhos espias.
Desta classe eram os fariseus. Saíam dos seus cultos religiosos, não humilhados com o senso da própria fraqueza, não agradecidos pelos grandes privilégios a eles concedidos por Deus. Saíam cheios de orgulho espiritual, e seu tema era: ”Eu mesmo, meus sentimentos, meus conhecimentos, meus caminhos.” Suas próprias realizações tornavam-se a norma pela qual julgavam os outros. Revestindo-se das vestes da própria dignidade, arrogavam-se a cadeira de juízes para criticar e condenar. O Maior Discurso de Cristo, 123.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2020, para o pôr-do-sol de 4 de setembro de 2020.