A Família Real do Reino de Deus

E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. (II Coríntios 2:14).
Cristo ansiava encher o mundo de paz e alegria semelhantes às que se hão de encontrar no mundo celestial. […] Com clareza e poder, Ele proferiu as palavras que deveriam ressoar até nossos dias, como um tesouro de bondade. Que preciosas palavras foram essas, e quão repletas de animação! De Seus divinos lábios caíram com plenitude e com abundante certeza as bem-aventuranças que mostram ser Ele a fonte de toda bondade e que é Sua prerrogativa abençoar e impressionar a mente de todos. Ele estava empenhado em Sua peculiar e sagrada ocupação, e achavam-se à Sua disposição os tesouros da eternidade. Ele não conheceu limites no emprego dos mesmos. Não era nenhuma usurpação de Sua parte o fato de agir na qualidade de Deus. […]
Ele especificou aqui quem seriam os súditos de Seu reino. Não pronunciou uma só palavra para lisonjear os homens da mais alta autoridade, os dignitários mundanos. Mas, perante todos, apresentou os traços de caráter que devem ser possuídos pelo povo peculiar que formará a família real no reino dos Céus. Ele especificou os que hão de se tornar herdeiros de Deus e coerdeiros Seus. Proclamou publicamente Sua escolha de súditos e lhes designou o lugar em Seu serviço em união com Ele próprio. Os que possuem o caráter aí especificado, partilharão com Ele da bem-aventurança, da glória e da honra que lhe advirão para sempre.
Os que são assim distinguidos e abençoados serão um povo peculiar, que usa bem os dons do Senhor. Com respeito àqueles que sofrerão por amor ao Seu nome, Ele declara que receberão grande recompensa no reino dos Céus. Falava com a dignidade de Alguém que possuía autoridade ilimitada, de Alguém que tinha todas as vantagens celestiais para conferir aos que O recebessem como seu Salvador.
Alguns podem se apropriar de posições de grande neste mundo, mas Cristo não os reconhece; são usurpadores.
Houve ocasiões em que Cristo falou com tal autoridade que Suas palavras chegaram ao coração com força irresistível, com um senso esmagador da grandeza do orador, e os agentes humanos foram reduzidos a nada em comparação com Aquele que estava diante deles. Ficavam profundamente comovidos; a mente deles era impressionada com o fato de que Ele estava repetindo instruções vindas da glória excelsa. Quando Ele convocava as pessoas para ouvir, ficavam maravilhadas e extasiadas, e lhes sobrevinha convicção à mente. Cada palavra era acolhida, e os ouvintes criam e recebiam as palavras às quais não tinham poder para resistir. Toda palavra que Ele proferia parecia aos ouvintes como a vida de Deus. Ele estava dando evidencias de que era a Luz do mundo e a Autoridade da igreja, e que reivindicava preeminência sobre todos eles. (Manuscrito 118, 1905). Comentário Bíblico, Vol. 5, 1084.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2019, para o pôr-do-sol de 10 de maio de 2019.