Alcançando Misericórdia

Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. (Mateus 5:7).
Nunca houve tempo em que fosse maior a necessidade do exercício da misericórdia do que hoje. Ao redor de todos nós estão os pobres, os sofredores, os aflitos, os tristes, os que estão prestes a perecer.
Os que têm adquirido riquezas, adquiriram-nas pela aplicação dos talentos que lhes foram dados por Deus; mas esses talentos para a conquista de bens foram-lhes dados a fim de que pudessem aliviar os que estão na pobreza. (ST, 13 de junho de 1892). Beneficência Social, 15.
O coração do homem é, por natureza, frio, escuro e desagradável; sempre que alguém manifeste espírito de misericórdia e perdão, fá-lo, não de si mesmo, mas mediante a influência do divino Espírito a mover-lhe o coração. ”Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro.” I João 4:19.
É o próprio Deus a fonte de toda a misericórdia. Seu nome é ”misericordioso e piedoso”. Êxo. 34:6. Ele não nos trata segundo os nossos merecimentos. Não indaga se somos dignos de Seu amor, mas derrama sobre nós as riquezas desse amor, a fim de fazer-nos dignos. Não é vingativo. Não busca punir, mas redimir. Mesmo a severidade que mostra por meio de Suas providências, é manifestada para salvação dos extraviados. Intensamente anela Ele aliviar as misérias dos homens, e aplicar-lhes às feridas Seu bálsamo. É verdade que Deus ”ao culpado não tem por inocente” (Êxo. 34:7); mas quereria tirar a culpa.
Os misericordiosos são ”participantes da natureza divina” (II Ped. 1:4), e neles encontra expressão o compassivo amor de Deus. Todo aquele cujo coração está em harmonia com o coração do Infinito Amor, buscará reaver e não condenar. O Maior Discurso de Cristo, 21-22.
Muitos há para quem a vida é uma penosa luta; sentem suas deficiências, e são infelizes e incrédulos; pensam nada terem por que ser agradecidos. Palavras bondosas, olhares de simpatia, expressões de apreciação, seriam para muitas almas lutadoras e solitárias como um copo de água fria a uma alma sedenta. Uma palavra compassiva, um ato de bondade, ergueriam fardos que pesam duramente sobre fatigados ombros. E toda palavra ou ato de abnegada bondade é uma expressão do amor de Cristo pela humanidade perdida. Idem, 23.
E na hora da necessidade final os misericordiosos encontrarão abrigo na misericórdia de um compassivo Salvador, e serão recebidos nas eternas habitações. Idem, 24.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2019, para o pôr-do-sol de 29 de março de 2019.