Amai os Vossos Inimigos

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. (Mateus 5:43-45).
A lição do Salvador: ”Não resistais ao mal” (Mat. 5:39), era dura de ouvir para os vingativos judeus, e eles murmuraram contra ela entre si. Jesus fez então uma declaração ainda mais forte: [Mat. 5:43-45].
Tal era o espírito da lei que os rabis tão mal haviam interpretado como um frio e rígido código de cobranças. Consideravam-se melhores que os outros homens, e como com direito ao especial favor de Deus em virtude de seu nascimento israelita; mas Jesus indicou o espírito de amor perdoador como aquele que evidenciaria serem atuados por motivos mais elevados do que os mesmos publicanos e pecadores a quem eles desprezavam. O Maior Discurso de Cristo, 73-74.
Aquele que deu no monte o preceito: ”Amai os vossos inimigos” (Mat. 5:44), exemplificou Ele próprio o princípio, não tornando ”mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo.” I Ped. 3:9. O Desejado de Todas as Nações, 265.
Ensinou-lhes a honestidade, a clemência, a misericórdia e a compaixão, ordenando-lhes não amarem apenas aos que os amavam, mas os que os odiavam e os maltratavam. Em tudo isto, estava Jesus a revelar-lhes o caráter do Pai, que é longânimo, misericordioso e piedoso, tardio em iras, e grande em beneficência e verdade. Fundamentos da Educação Cristã, 177.
As palavras do profeta contêm a afirmação de uma verdade universal: ”Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto e não sentirá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jer. 17:5 e 6.
Deus ”faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”. Mat. 5:45. O homem, porém, tem o poder de se retrair do Sol e da chuva. Semelhantemente, quando o Sol da Justiça brilha, e os chuveiros da graça caem indiscriminadamente sobre todos, podemos, separando-nos de Deus, ser ”como a tamargueira no deserto”. Parábolas de Jesus, 201-202.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2019, para o pôr-do-sol de 22 de novembro de 2019.