O Novo Nascimento

Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. (Ezequiel 36:25-27).

A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende essas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas tristezas, desejos e amor são todos novos. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida até então preferidas a Cristo, são agora desviadas, e Cristo é o encanto de sua vida, a coroa de seu regozijo.

O Céu, que antes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ela o contempla como sua futura pátria, onde verá, amará e louvará Aquele que a redimiu por Seu precioso sangue.

As obras de santidade, que lhe pareciam enfadonhas, são agora seu deleite. A Palavra de Deus, anteriormente tediosa e desinteressante, é agora escolhida como seu estudo, sua conselheira. É como uma carta a ela escrita por Deus, trazendo a assinatura do Eterno. Seus pensamentos, palavras e atos são comparados com esta norma e provados. Treme aos mandamentos e ameaças que essa contém, ao passo que se apega firmemente às suas promessas, e fortalece a alma aplicando-as a si mesma. Prefere agora o convívio dos mais piedosos, e os ímpios, cuja companhia antes apreciava, já não lhe causam mais deleite. Lamenta-lhes os pecados que antes a faziam rir. Renuncia ao amor-próprio e à vaidade, e vive para Deus, e é rica em boas obras. Eis a santificação requerida por Deus. Nada menos que isto aceitará Ele. Testemunhos para a Igreja, Vol. 2, 294-295.


Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2018, para o pôr-do-sol de 6 de abril de 2018.

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