Pérolas aos Porcos

Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem. Mateus 7:6.
Jesus Se refere aqui a uma classe que não experimenta desejo de escapar à servidão do pecado. Pela condescendência com o que é corrupto e vil, sua natureza tornou-se tão degradada, que se apegam ao mal, e dele não se separam. Os servos de Cristo não se devem deixar entravar por aqueles que só fariam do evangelho um objeto de contenção [luta] e ridículo. O Maior Discurso de Cristo, 129.
Os anjos choram ao ver a verdade preciosa de origem celeste lançada aos porcos, para ser apanhada por eles e pisada na lama e na sujeira. “Nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem e, voltando-se, vos despedacem.” Mateus 7:6. Estas são as palavras do Redentor do mundo. Testemunhos para a Igreja, Vol. 3, 425.
O Salvador, porém, jamais passou por alto uma alma disposta a receber as preciosas verdades do Céu, por mais abismada que esteja essa alma no pecado. Para publicanos e meretrizes, foram Suas palavras o início de uma vida nova. Maria Madalena, de quem Ele expulsou sete demônios, foi a última a deixar o sepulcro do Salvador, e a primeira a ser por Ele saudada na manhã da ressurreição. Foi Saulo de Tarso, um dos mais decididos inimigos do evangelho, que se tornou Paulo, o consagrado ministro de Cristo. Sob uma aparência de ódio e desprezo, mesmo sob o crime e a degradação, pode-se achar oculta uma alma que a graça de Cristo haja de redimir, para brilhar como uma jóia na coroa do Redentor. O Maior Discurso de Cristo, 129-130.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2020, para o pôr-do-sol de 9 de outubro de 2020.