Nos Estudos Especiais para o Lar e a Escola Sabatina deste trimestre (julho-setembro de 2018), continuaremos na jornada pela história da igreja de Deus.

Os estudos que tinham parado no legado de João Huss, são retomados com Martinho Lutero. Ele, que é um dos reformadores mais conhecidos na cristandade, terá bastante destaque.

Nesta segunda parte, estudaremos o tortuoso caminho que esse servo de Deus trilhou para chegar à clara compreensão da decisiva mensagem da justificação pela fé. Acompanharemos seu combate das vendas de indulgências, sua excomunhão da igreja católica, sua presença na ilustre assembleia de Worms na Alemanha, entre tantos outros fatos importantes de sua vida.

Conheceremos, também, a história de Ulrich Zwínglio, o reformador que apresentou o evangelho da graça na Suíça na mesma época em que Lutero fazia o mesmo na Alemanha.

Veremos os graves danos que perturbações de fanáticos causaram à causa protestante. Até os dias de hoje os inimigos da verdade procuram colocar na conta de Lutero (ou da Reforma Protestante de modo geral) os graves incidentes ocorridos naquela época. Estes ignoram deliberadamente que Lutero e os reformadores nunca deram apoio aos extremistas religiosos e anarquistas políticos de sua época. Também preferem ignorar que foram os abusos cometidos longamente pela igreja romana que causaram estas reações extremadas, e não o protesto religioso dos mensageiros de Deus. A proposta dos protestantes não era de revolução, mas de reforma.

Estudaremos também acerca do notável protesto dos príncipes na assembléia de Espira em 1529 que abriu caminho para a liberdade de consciência.

Ellen G. White comenta: “O princípio pelo qual os discípulos se mantiveram tão destemidamente quando, em resposta à ordem de não falarem mais no nome de Jesus, declararam: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós que a Deus” (Atos 4:19), é o mesmo que os adeptos do evangelho se esforçaram por manter nos dias da Reforma. Quando, em 1529, os príncipes alemães se reuniram na dieta de Spira, foi-lhes apresentado o decreto do imperador, restringindo a liberdade religiosa, e proibindo toda posterior disseminação das doutrinas reformadas. Dir-se-ia que a presença do mundo estava prestes a ser esmagada. Aceitariam os príncipes o decreto? Devia a luz do evangelho, ser vedada às multidões ainda em trevas? Achavam-se em jogo decisões importantes para o mundo. Os que haviam aceito a fé reformada reuniram-se, sendo sua unânime decisão: “Rejeitemos este decreto. Em questões de consciência, a maioria não influi.” – D’Aubigné, História da Reforma, livro 13, cap. 5.

Este princípio, temos de manter firmemente em nossos dias. A bandeira da verdade e da liberdade religiosa desfraldada pelos fundadores da igreja evangélica e pelas testemunhas de Deus durante os séculos decorridos desde então, foi, neste último conflito, confiada a nossas mãos. (Atos dos Apóstolos, 68).

Em O Grande Conflito, pág. 201, a mensageira do Senhor resume bem qual deve ser o dever do Estado em relação à religião: “Proteger a liberdade de consciência é dever do Estado, e isto é o limite de sua autoridade em matéria de religião. Todo governo secular que tente legislar sobre observâncias religiosas, ou impô-las pela autoridade civil, está a sacrificar o próprio princípio pelo qual os cristãos evangélicos tão nobremente lutaram”.

No ano seguinte, em 1530, foi elaborada a famosa confissão de fé protestante de Augsburgo. Lutero, Melâncton, e tantos outros protestantes não tiveram toda a luz da verdade aberta à compreensão, e por isso, a reforma não foi completa. Cumpre a nós efetuarmos o reparo das brechas e prosseguir na reforma (Isaías 58:12). Este é o desejo de Deus (Atos 3:19-21).

Ellen G. White comenta que: “A Reforma não terminou com Lutero, como muitos supõem. Continuará até ao fim da história deste mundo. Lutero teve grande obra a fazer, transmitindo a outros a luz que Deus permitira brilhar sobre ele; contudo, não recebeu toda a luz que deveria ser dada ao mundo. Desde aquele tempo até hoje, nova luz tem estado continuamente a resplandecer sobre as Escrituras, e novas verdades se têm desvendado constantemente.” (O Grande Conflito, 148).

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