A Parábola do Fariseu e o Publicano

E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros. (Lucas 18:9).

A uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros, dirigiu Cristo a parábola do fariseu e do publicano. O fariseu sobe ao templo para adorar, não porque sente ser pecador necessitado de perdão, mas por julgar-se justo e esperar obter elogio. Considera sua adoração um ato meritório que o recomendará a Deus. Simultaneamente dará ao povo uma demonstração elevada de sua piedade. Esperava assegurar-se o favor de Deus e dos homens. Sua adoração é motivada pelo interesse próprio.

Está cheio de louvor próprio. Isto é evidente em seu olhar, porte e oração. Apartando-se dos outros, como se quisesse dizer: ”Não vos chegueis a mim, porque sou mais santo do que vós”, põe de pé e ora ”consigo”. Isa. 65:5. Todo satisfeito consigo mesmo, pensa que Deus e os homens o consideram com igual complacência.

”Ó Deus, graças Te dou”, disse, ”porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.” Luc. 18:11. Julga seu caráter, não pelo caráter santo de Deus, mas pelo caráter de outros homens. Seu espírito desvia-se de Deus para a humanidade. Este é o segredo de sua satisfação própria.

Prossegue enumerando suas boas ações: ”Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” Luc. 18:12. A religião do fariseu não toca a pessoa. Não atenta para o caráter semelhante ao de Deus, nem para o coração cheio de amor e misericórdia. Dá-se por contente com uma religião que só se refere à vida exterior. Sua justiça lhe é própria – é o fruto de suas próprias obras. E é julgada por um padrão humano.

Todo aquele que em si mesmo confia que é justo, desprezará os demais. Como o fariseu, julga a si próprio por outros homens, julga aos outros por si. Sua justiça é avaliada pela deles, e quanto piores, tanto mais justo parece ele. Sua justiça própria leva-o a acusar. ”Os demais homens”, condena ele como transgressores da lei de Deus. Deste modo manifesta o próprio espírito de Satanás, o acusador dos irmãos. Impossível lhe é neste espírito entrar em comunhão com Deus. Volta para sua casa destituído da bênção divina. Parábolas de Jesus, 150-151.


Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2018, para o pôr-do-sol de 2 de fevereiro de 2018.

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