A Igreja de Deus Através dos Séculos

Nos Estudos Especiais para o Lar e a Escola Sabatina do próximo trimestre (abril-junho de 2018), embarcaremos em uma jornada especial. Estudaremos a história da igreja, e veremos claramente que é uma história de muitas lutas e aflições com poucos períodos de paz e tranquilidade. Mas isso não nos deve surpreender, visto que Paulo declara: “Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (II Timóteo 3:12). Por um lado, é pesaroso vermos a deserção e apostasia de uma classe majoritária, mas, por outro lado, é inspirador vermos a fé inabalável de uma minoria que “resistiu até ao sangue”, seguindo a pisadas do Mestre. Estes mártires da fé não tiveram muito destaque nas páginas da história secular, mas seus atos são célebres nos registros celestiais.

Dentre os diversos assuntos que são estudados, destacamos alguns. Iremos nos aprofundar, por exemplo, na importante profecia de Paulo registrada na segunda carta aos Tessalonicenses. Neste relato é revelado que a igreja seria afetada por uma grande apostasia e que iria surgir o homem do pecado – um personagem ilustre que pretenderia tomar o lugar de Deus na igreja.

De forma bem delineada acompanharemos a revelação da história quanto ao cumprimento profético de Apocalipse 12 que fala de uma mulher que foge para o deserto por 1260 dias. Veremos que a história nos conta do período da “igreja no deserto” na figura dos valdenses, albigenses dentre outros que abrigaram a fé verdadeira ao longo dos 1260 anos de perseguição. (Nota: Cada dia profético vale um ano literal de acordo com o princípio bíblico anunciado nos textos de: Números 14:34; Ezequiel 4:6 [7]).

Mais adiante, nos deparamos com o “João Batista” da Reforma Protestante. João Wycliffe foi o precursor deste grande movimento, abrindo caminho para as doutrinas bíblicas, bem como expondo a corrupção e a ilegitimidade da supremacia de Roma papal nas igrejas e nos Estados. Ele ficou conhecido como a “Estrela da Manhã da Reforma”. Ainda veremos os primeiros reformadores em ação na idade média. Detalhe: a história da igreja não terminará neste trimestre. O plano dos editores é continuar esta narrativa no próximo trimestre. Há ainda muita história a ser contada!

Devemos também destacar o conteúdo das duas primeiras lições. Elas constroem a devida fundamentação para uma “Doutrina da Igreja”. Tal como Ellen G. White declara: “A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo”. (Atos dos Apóstolos, 9). Estejamos também atentos de que: “Todos os que crerem devem ser congregados numa única igreja”. (Idem, 28).

Um ponto fundamental é quanto à verdadeira sucessão apostólica. O catolicismo se apega à idéia de traçar uma linhagem ininterrupta de bispos e papas que se inicia com os apóstolos, para deste modo afirmar que é a igreja de Cristo. No entanto, o próprio Cristo, no enfrentamento com os judeus que constantemente apelavam para o fato de terem linhagem abraâmica como prova de favorecimento divino, rechaçou esta idéia. Ele declarou que para haver relação espiritual com Abraão deve-se ter obras correspondes as do patriarca da fé. (Ver: João 8:33-44; Hebreus 13:7-9).

Ellen G. White comenta: “Este princípio se relaciona com igual peso a uma questão longamente agitada no mundo cristão – a da sucessão apostólica. A descendência de Abraão demonstrava-se não por nome e linhagem, mas pela semelhança de caráter. Assim a sucessão apostólica não se baseia na transmissão de autoridade eclesiástica, mas nas relações espirituais. Uma vida influenciada pelo espírito dos apóstolos, a crença e ensino da verdade por eles ensinada, eis a verdadeira prova da sucessão apostólica. Isto é que constitui os homens sucessores dos primeiros mestres do evangelho”. (O Desejado de Todas as Nações, 467).

Portanto, o modo de Deus agir é tal como descrito a seguir: “O Senhor Jesus sempre terá um povo escolhido para servi-Lo. Quando o povo judeu rejeitou a Cristo, o Príncipe da Vida, Ele tirou-lhes o reino de Deus e entregou-o aos gentios. Deus continuará lidando com cada ramo de Sua obra de acordo com esse princípio.

Quando uma igreja demonstra ser infiel à Palavra do Senhor, seja qual for sua posição e por mais elevada e sagrada que seja sua vocação, o Senhor não pode mais cooperar com eles. Outras pessoas são então escolhidas para assumir importantes responsabilidades. No entanto, se estes, por sua vez, não purificarem a vida de toda má ação, se não estabelecerem puros e santos princípios em todos os aspectos de sua vida, o Senhor os afligirá e humilhará dolorosamente, e, a não ser que se arrependam, os removerá da posição que ocupam, tornando-os um opróbrio”. (Man. 33, 1903 – Eventos Finais, 53. [Digital: 59].

A experiência de muitos é a de terem nascido em determinada igreja. Essa igreja, pode inclusive, não ser apenas a de seus pais, mas a dos pais de seus pais. Enfim, pode ter uma longa ascendência. Porém, apesar de todo o amor que eventualmente tenhamos pela igreja a qual pertencemos, seja desde o berço ou não, é nosso dever não compactuar com a infidelidade. A realidade é que “Muitas vezes os que seguem os passos dos reformadores são forçados a retirar-se da igreja que amam, a fim de declarar o positivo ensino da Palavra de Deus. E muitas vezes os que estão à procura da luz são, pelos mesmos ensinos, obrigados a deixar a igreja de seus pais, a fim de prestar obediência”. (O Desejado de Todas as Nações, 232).


Acesse aqui o estudo publicado.
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