Não Matarás

Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. (I João 3:15)
No sermão da montanha Ele mostrou como seus requisitos vão além dos atos exteriores, e penetram os pensamentos e as intenções do coração. Atos dos Apóstolos, 505.
Jesus toma separadamente os mandamentos, e expõe-lhes a profundidade e a largura das reivindicações. Em lugar de remover um jota de sua força, mostra quão vasto é o alcance de seus princípios, e expõe o erro fatal dos judeus em sua ostentação exterior de obediência. Declara que, pelo mau pensamento ou o cobiçoso olhar, é transgredida a lei divina. Uma pessoa que se torna participante da mínima injustiça, está violando a lei e degradando sua própria natureza moral. O homicídio existe primeiro na mente. Aquele que dá ao ódio um lugar no coração, está pondo o pé no caminho do assassínio, e suas ofertas são aborrecíveis a Deus. O Desejado de Todas as Nações, 310.
O Senhor dissera por intermédio de Moisés: ”Não aborrecerás a teu irmão no teu coração. … Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Lev. 19:17 e 18. As verdades apresentadas por Cristo eram as mesmas que haviam sido ensinadas pelos profetas, mas haviam-se tornado obscuras através da dureza de coração e o amor do pecado. As palavras do Salvador revelaram a Seus ouvintes que, ao passo que eles estavam condenando outros como transgressores, eram eles próprios igualmente culpados; pois acariciavam malícia e ódio. O Maior Discurso de Cristo, 55-56.
O espírito de ódio e de vingança originou-se com Satanás; e isto o levou a fazer matar o Filho de Deus. Quem quer que acaricie a malícia ou a falta de bondade, está nutrindo o mesmo espírito; e seus frutos são para a morte. No pensamento de vingança jaz encoberta a má ação, da mesma maneira que a árvore está na semente. Idem, 56.
Jesus declarou-lhes que se não enganassem com a ideia de poderem revoltar-se no coração contra seus opressores, e acariciar o anseio de vingar-se de suas injustiças.
É verdade que há uma indignação justificável, mesmo nos seguidores de Cristo. Quando vêem que Deus é desonrado, e Seu serviço exposto ao descrédito; quando vêem o inocente opresso, uma justa indignação agita a alma. Tal ira, nascida da sensibilidade moral, não é pecado. Mas os que, a qualquer suposta provocação, se sentem em liberdade de condescender com a zanga ou o ressentimento, estão abrindo o coração a Satanás. Amargura e animosidade devem ser banidas da alma, se queremos estar em harmonia com o Céu. O Desejado de Todas as Nações, 310.
Esta publicação está presente nas Reflexões Semanais 2019, para o pôr-do-sol de 16 de agosto de 2019.