Reprovação Pública

Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. I Timóteo 5:20-21.

Enquanto estávamos prestes a deixar a casa de culto para enfrentarmos os árduos deveres do dia, uma irmã a quem eu dera um testemunho de que lhe faltava discrição, prudência e controle das palavras e ações, entrou com seu marido e manifestou sentimentos irreconciliáveis e de grande agitação. Ela começou a falar e a chorar. Murmurou um pouco e confessou um pouco, e se justificou consideravelmente. Tinha idéias errôneas acerca de muitas coisas que eu lhe havia dito. Seu orgulho foi tocado por eu ter trazido suas faltas de maneira tão pública. Aí jazia a principal dificuldade. Mas por que ela se sentiu desse jeito? Os irmãos e irmãs sabiam que as coisas eram assim, portanto, eu não lhes dissera nada novo. Eu não tinha dúvidas de que isso era novo para a própria irmã. Ela não conhecia a si mesma, e não poderia julgar corretamente as próprias palavras e atos. Quase todos estão sujeitos a isso, daí a necessidade de reprovações fiéis na igreja, e do cultivo, por todos os membros, do amor pelo claro testemunho.

O marido pareceu irritado com a exposição das faltas da esposa perante a igreja, e declarou que se a irmã White seguisse as orientações de nosso Senhor em Mateus 18:15-17, ele não teria se sentido magoado. […]

Meu marido então declarou que ele deveria compreender que essas palavras de nosso Senhor faziam referência a casos de delitos pessoais, e não poderiam ser aplicadas no caso dessa irmã. Ela não ofendera a irmã White. O que havia sido censurado publicamente eram os erros públicos que ameaçavam a prosperidade da igreja e da causa. “Eis”, disse meu marido, “um texto aplicável ao caso (1 Timóteo 5:20)”. […]

O irmão reconheceu seu erro, como um cristão, e pareceu compreender o problema. Era evidente que, desde a reunião da tarde de sábado, o casal havia entendido muita coisa equivocada e aumentada acerca do assunto. Propôs-se, portanto, que o testemunho escrito fosse lido. Quando isso foi feito, a irmã repreendida perguntou: “É isso o que você declarou ontem?” Respondi-lhe que sim. Ela pareceu surpresa e conformou-se totalmente com o testemunho redigido. Testemunhos para a Igreja, Vol. 2, 14-16.


07/10/2022

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